De volta à matriz existencial.
Qual a sensação de passado? Como vive lá? Como cheira? Como ama? O sol matinal diariamente dardejava e queimava, não a pele, mas uma casca. Rígida, instransponível. Tornara-se apenas uma marionete, que se permitia controlar por seu criador. Aqueles olhos - que pareciam tão contentes – não passaram de mera ilusão. A alma galante estava posta em solidão. Aprisionada. Um ser mágico envolto em tramas de um amor que nunca será. Nunca se isentará. Nunca se ausentará. Lembranças: estas o mundo rechaça. A prosa foi perdida em fadas palavras, que serão, porventura, esquecidas com o tempo. A boca, que antes era ósculo, agora estás apenas a pungir. Ó triste e mísero passado, porque nos atordoa? Liberta-o. Dá-me. Quão nobre e fiel consciência tem este acordo? Libertaste em corpo e aprisionaste em alma. Além da verbal determinação isolar dois corações para amar, ainda há gotículas de um passado que não foi vivido por outrem, a quem obrigam fazer parte disto. São almas tristes que, dispersas pelo