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Soneto do líquido doce

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As pernas abertas daquela forma eram intencionais. Clamava pela sensação da boca grudada entre as grossas e brancas coxas. Antes de senti-lo entrando, Ansiava mesmo era o lábio carnudo sugando. Depois da língua passear, Para cima e para baixo, Sentindo melar A estreita fresta vertical. Ele a fitava: Admirava os olhos revirados E idolatrava a delação das pernas trêmulas, que exibiam o contentamento final. O olhar lascivo, agora se desorientava. Como adorava o doce sabor que escorria lá de dentro. E sugava até a última gota... [ Jade Rosa ] - 03/08/23 *Imagem: "Laurette´s Head with a cup of coffee", de Henry Matisse, 1917.

Breve lembrança de um tolo nórdico

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Ahhh, que vontade de sentir passar os dedos longos na cabeça, lisa feito a pele dos lábios.  Usar as pontinhas deles para ficar roçando sutilmente, em movimentos circulares, até o momento p erfeito em que agarravam o gargalo, deixando-o com falta de ar... Recorda do beijo de olhos abertos, sedento e lambuzado, com as línguas esfomeadas, deixando ambos ofegantes - o ar quente saindo pela boca, e sendo sugado junto com gemidos de prazer inebriante.  Pensa no gosto do eucalipto na saliva que escorria nos cantos da boca durante o beijo melado; e sente o cheiro frutado, com o morango sobressaindo-se, em meio às notas de baunilha e leite - o perfume que um dia fizera o corpo flutuar nas ruas, abraçar a roupa não lavada e virar os olhos ao dar uma cafungada no pescoço enquanto lambia de cima abaixo.  O olhar profundo com sorriso malicioso, enquanto penetrava devagar, lá dentro, sentindo quente e molhado, quando ela apertava forte a musculatura para não deixa-lo mais sair. Sente sair a babin

E pluribus unum¹

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Cultivara uma amizade sem pretensões: era admiração e apreço; respeito e ternura. Conversas constantes ao longo dos dias, apenas confirmavam que o intelecto dele não era superficial: informação e conhecimentos - considerados por tantos inúteis ou aleatórios - faziam parte das pautas debatidas, questionadas, explicadas e justificadas com embasamento. Incomodou-se ao notar que a comunicação remota fora o gatilho para sentir saudade da presença. - Passa rapidinho - foi a réplica. Ledo engano. Flagrava-se recapitulando momentos em que observava-o conversando com amigos e colocava a mão entre as pernas. Gesticulava, bebia um gole da cerveja gelada e, de repente, lá estava a mão de novo: agarrava com gosto o volume. Gargalhava, falava, fumava e, naturalmente, voltava os dedos na virilha, roçando com carinho em um ato instintivo. Sentia os bicos dos peitos enrijecerem ao replicar esses momentos na memória, em casa, e se a mão chegava até o seio excitado, sentia a calcinha molhar. A amizade er

Música com prazer em poesia

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  Já dizia Aldous Huxley: “Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível, é a música” Música é prazer em forma de poesia. Tudo começa no prelúdio: a troca de olhares, o calor da boca quase grudada, sentindo a respiração quente - mas ainda sem tocar uma na outra - a voz suave do gemido com entonação de mezzo-soprano de uma a capella , acompanhada de um barítono mediano , sussurrando quente: “Te quero”, formando uma consonância harmônica . A intensidade cresce gradual e rapidamente, um legato , um marcato . Bocas meladas, peles desnudas se tocando mais e mais, fazendo da modulação uma melodia; tenor e contralto , ambos gemendo sem pudor, sentindo crescer a vibração e o calor. Dedilhação acompanhada de farto mel sonoro. Sem perdem as cifras e partituras , substituídas pela percussão do tapa na bunda, e pela polifonia de ambos, que se esfregam e se encaixam, se entregam e entrelaçam. Mais dedilhação seguida do instrumento duro penetrando, ritmado em sustenid

Prazer e saudade

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  A boca estava sedenta para sentir o líquido dele espirrando quente na garganta, enquanto ouvia seus gemidos de prazer. Enfiava a mão dentro da calcinha, tocando o clitóris com movimentos circulares, enquanto lembrava do prazer que sentia quando ele penetrava nela, o olhar e o membro duro. Já fazia mais de um mês; toda vez que recordava, ficava toda molhada como se ele estivesse encaixando no meio de suas pernas. O lençol de verão era macio e fresco - o mesmo que estava na cama da última vez - levando-a a rebolar e sentir a bunda esfregando no tecido, pensando na cena. Pensava na forma como a virava de ladinho, metendo bem devagar, entrando e saindo sem tirar a cabeça lá de dentro, melando tudo ao redor e deixando o orifício cada vez mais lubrificado. Essa memória a faz ir mais fundo, enfiando o dedo indicador, que sente todo aquele líquido escorrendo. Ela geme como quando ele estava ali. Recorda, nesse momento, do movimento que fizera para deixá-la de barriga pra baixo, expondo a rab

Cabeça latejante que não pensa

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Olhar sem malícia. Sem? As pernas arreganhadas em conjunto com a bunda empinada, lá atrás; os bicos do peito marcando a camiseta fina, fazem o pau crescer dentro das calças de moletom. Aqueles seios arredondados, expostos e juntinhos o fazem querer arregaçá-lo para fora, e meter direto no vão entre eles, semelhantes como em uma bela bunda. Sente latejar, enquanto uma gota sai da cabeça dele. Quando fala, vê a língua tocar os lábios, e imagina-a lambendo aquele líquido inicial. "Depois, pode correr por toda a extensão, sorrindo, olhos nos olhos, inclinada, a raba lá no alto", pensa. Rebola. "Ahh, como você é gostosa". Os dedos apertam os bicos dos seios, louco para mamar nessas tetas macias com marca do verão, que queimou levemente a pele branca. A anca, pra lá e para cá. Para, sorri, vira a bunda. Uma rebolada mais, tronco inclinado no colchão, o orifício no meio das nádegas implorando por prazer. Penetra devagar: a cabeça entra e sai, em um êxtase de pra

Story of Modern Love

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Not everything is as it should be. Not everything is as it could. Two people, both waiting to get a message first. No change of glances, or touch of skin. No mixing of bodily fluids, let alone someone else´s scent impregnated. Distant. No feelings. Maybe? Whatever. Nudes n´sexting n´cumming in one hand. Block. . Shock. Sad. . Dead. [ Jade Rosa ] - 23/02/2022 *Imagem: "Moça lendo uma carta à janela", de Johannes Vermeer, 1657-1659.

Sabor branco quente

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Vira de longe. Desejava dentro. Sabia, desde o início, que a vontade de comer, engolir, sugar e sentir fora recíproca. A viagem traria o sorriso.  Quiçá a conexão não se houvesse efetivado, no fundo da alma, custa pelas suas janelas. Não cogitara concorrência inquirida e agressiva, mas a facilidade de aceitar e ver a vida deixara clara a censura de qualquer pensamento com  o viés erótico. A interlocução primária fora a respeito da vida de ambos, assim, como trivial, como contato habitual. Mas, ali, esse mesmo trivial e habitual se tornara um momento de desejos e devaneios, com uma fome voraz um do outro. Esses mesmos toques - que se sucediam com características involuntárias - eram, na verdade, um atrelando-se na pele do outro, roçando, sentindo, queimando. Já sentia encharcar. Já sentia enrijecer. Naquela noite, no então quarto silencioso, ouvia-se sussurros e suspiros, misturados ao som do líquido que saía freneticamente, um splash, escorrendo, lambuzando, da cabeça ao restante de am

No canto da boca, no meio das pernas.

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O sonho despudorado fora culpado por sentir o líquido quente e melado escorrendo no meio das coxas. A manhã abafada e úmida da cidade de São Paulo trazia um vento gelado ao cômodo, pela fresta da veneziana. Uma fenda propositalmente posta no lençol, fazia essa mesma brisa tocar a pele e arrepiar ainda mais o bico do seio, que já estava duro pela excitação previamente incoada. Na cama macia, rebolava sutilmente, sentindo o roçar do tecido nas nádegas, já molhadas pelo escorrer. A mão acariciava o bico do peito, enquanto a outra tocava o clitóris, vagarosamente. Os olhos fechados a levavam àqueles olhos pequenos e surpreendentemente brilhantes, mergulhando nos seus, enquanto passava a língua nos seios e, repentinamente sugava o bico, com um doce e misterioso sorriso, deixando escapar um gemido baixinho. Os dedos, então, passam a trazer à mente a imagem de Onsen, revelando despudor da nudez das águas termais.  O quanto aquele ambiente calmo e relaxante faria cada suspiro, cada respiração

O sabor do mel.

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Me conta teu desejo de carne quente. Mostra-me como gosta de dar. Deixa-te sentir quando entro, no fundo, sentindo latejar. Aperta-me com força, me deixa gozar. Me deixa também tomar teu mel, tua mente Tua boca ensandecida Engole voraz meu membro duro Todo, puro. Mostra me a puta que vive dentro de ti Que olha nos olhos, geme e sorri. O olhar de prazer que mergulha intenso. Longe, denso. G O Z A. [ Jade Rosa ] 17/01/21 *Imagem: La Toilette, 1889 - Henri Toulouse Lautrec

Masmorra com porr@

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Dungeon. Parecia pura. Jeito de menina, cabelos pretos com cachos no rosto. Colo e ancas avantajados, ouvira: ‘Deixa de ser insegura”. Questiona. Coloração rosa. Forte, tom nada pastel. Quisera cortar o lábio, assemelhar-se à candura da juventude. Transviada. Ouvira que sim. Acreditava que o que escorria tal qual mel. Seria impressão? Era real: Corria-lhe virilhas, e coxas, e nádegas, e penetrava no tecido vagarosamente, enquanto dedos tocavam-lhe, mais e mais. Muitos. O firme movimento - fundo - dançando dentro do estreito orifício, arrancava-lhe gritos, fazendo-a se contorcer e rebolar com gana. Com a própria mão, tocava o bico duro do seio exposto, berrando, gemendo com fios de saliva a escorrer-lhe na lateral da boca rosada. Tudo mudou - já não era o movimento sutil. Bombavam, encoxavam, rachavam, duros, fortes, prontos para espirrar. As amarradas vieram. Punhos e tornozelos, o tom vermelho típico do shibari mesclava-se com os braços e pernas, que esticados, mantinham arregaçados o

Fetiches com limites do sentimento

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O sexo libertino e fetichista era extraordinário. E extraordinário. Orelhas de cadela, coleira, pote de água repleto de porra. Plug. E rajado. Lingerie que cobre um corpo — quaaase completo. Um quaaase comportado — não fosse a abertura em meio as brancas coxas grossas, que roçavam uma na outra. De quatro tornava-se quase imperceptível — considerando o enorme coração lúdico que se formava com as nádegas arregaçadas e convidativas para o membro duro que já salivava baba. Ali, na entrada da raba, as pontas dos cabelos castanhos claros — quase um louro queimado — roçavam prum lado e pro outro. Gemendo aos gritos, dando show a uma vizinhança comedida e — falsamente — recatada: a cada passeio, aquelas ancas eram observadas e desejadas pelos — homens — curiosos de plantão. Meia arrastão, preta, sete oitavos, conectada à cinta liga com detalhe — de novo, de coração — marcando na coxa com pelos arrepiados, fazendo contraste na pele alva, macia e sedosa. A corda vermelha, ocasionalmente