Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2020

Ela: pele de donzela.

Imagem
       Ruídos, aromas urbanos, caos, calor.      Ambiente pouco propício para a pestana que planejara: Ainda assim, o sono tomava conta do pensamento inquieto e desordenado, que se seguira após manhã de turbulentas e difíceis decisões.      Em questão de segundos a sonolência passou: Um misto de quietude e frenesi tomou conta da mente e do corpo - e do membro.           Testemunhara a saia preta, curta, e plissada subir, ao inclinar-se sobre a mesa de pinus maciço em busca de algo que a ele não interessava, exibindo o que contemplou por segundos a polpa do que chamava de ‘rabo’.         Seguiu-se, então, o que inconscientemente desejava: Um movimento levemente desastrado daquela menina-mulher, fez a Cartier esferográfica rolar na mesa, como uma sequência de dominós, perfeitamente enfileirados, empurrando uns aos outros, e findar onde aquele ser - tão perfeitamente volúpio - se agachasse, com as longas pernas completamente flexionadas e semi abertas, mostrando a ausência de tecido ínt

Nem sempre dois.

Imagem
  O ar frio da manhã Outonal fez aquele coração quente despertar. Gélido, lacerava vias, invadindo a carcaça que padecia inerte, ainda que entre quatro paredes nuas de cor. Sequer tremulava. O corpo? Inanimado. O fôlego lhe faltava, após desmesurada tortura na noite que se passara. Esperou, por copioso período, algo desenrolar, porém sentia apenas a cortante atmosfera lúgubre. A luz do sol - que nascia brilhante e laranja - ofuscava os olhos verdes de uma pele branca, e cintilava as mechas pretas e volumosas. Percebera pois que pudor lhe faltara: não sentia vestes na pele do corpo. O vento tocava coxas agora inertes e meladas com um líquido que estivera quente há alguns instantes, e agora corria em fios pelas virilhas, ao som do vento silencioso na barulhenta psiquê, atravessando naquele estreito espaço excitado há tão pouco. Lentamente, a mente se manifestava; flashes dos quatro pés lhe ocupavam o pensar, com uma mistura de timidez e vontade. O dançar, conseguinte, dos 6 pés rodopian