Vira de longe. Desejava dentro. Sabia, desde o início, que a vontade de comer, engolir, sugar e sentir fora recíproca. A viagem traria o sorriso. Quiçá a conexão não se houvesse efetivado, no fundo da alma, custa pelas suas janelas. Não cogitara concorrência inquirida e agressiva, mas a facilidade de aceitar e ver a vida deixara clara a censura de qualquer pensamento com o viés erótico. A interlocução primária fora a respeito da vida de ambos, assim, como trivial, como contato habitual. Mas, ali, esse mesmo trivial e habitual se tornara um momento de desejos e devaneios, com uma fome voraz um do outro. Esses mesmos toques - que se sucediam com características involuntárias - eram, na verdade, um atrelando-se na pele do outro, roçando, sentindo, queimando. Já sentia encharcar. Já sentia enrijecer. Naquela noite, no então quarto silencioso, ouvia-se sussurros e suspiros, misturados ao som do líquido que saía freneticamente, um splash, escorrendo, lambuzando, da cabeça ao restante de am