[Im]Puras meninas de bocas salinas

Passara a vida provando membros másculos e enrijecidos, deliciando-se com gozos que jorravam em sua pele morena - sintetizando, em si mesma, o conceito do contraste de cores, que corriam na cálida camada de carne.

A gula por provar o novo incitava o desejo de mais e mais experiências que fizessem o sangue latejar no pequeno côncavo inchado no meio das pernas, escorrendo nas virilhas o quente e viscoso líquido, que, por vezes, acabava em uma boca com uma língua cheia de fome e sede.
Queria mais.
Desejava.

O sol fazia correr entre os seios, melados de óleo, o suor do verão rígido; o calor da areia era sentido no meio das nádegas, arreganhadas no pequeno biquíni que cavava a carne na púbis pelada.
A excitação causada pela visão de corpos seminus era contínua e intensa, até que notou o corpo molhado e salgado, saindo do mar.

Pingava e escorria, iluminada pelos raios, com os grandes seios marcando cada passo, para cima e para baixo.
O cabelo longo, adentrando entre os grandes glúteos, pareciam um rabo pingando entre as longas e torneadas pernas; O formato, que se mostrava entre as virilhas, fez os bicos enrijecerem bruscamente, desejando esfregá-los nos dela, enquanto a língua percorria cada pedaço dos lábios grossos e sentir a outra lamber-lhe em troca.
A troca.

O olhar atento - apesar da água salina - captou de imediato a intenção de devorar-lhe e, propositalmente, virou-se de costas, parando no isopor convenientemente posicionado, inclinando-se para alcançar o sorvete: empinou e deixou a mostra o que era objeto de desejo.


O pulsar no meio das pernas e bicos dos seios duros já eram recíprocos.

Com o doce em mãos, ficou na posição de 4 apoios, para, então, deitar-se de bruços e deixar o sol torrar a pele daquela raba arredondada.

Não suportava a excitação que a cena lhe causara, e, valendo-se do instante da praia inóspita, permitiu que os dedos fossem em direção à calcinha, e sentissem a lubrificação que escorria, atravessando a canga e penetrando na areia, enquanto a outra mão puxava o mamilo aceso.

Deitada, os cabelos encaixavam ainda mais entre as nádegas robustas, que, por sua vez, revelavam uma marca de sol feita por uma minúscula calcinha.

O sorvete, chupado com vontade e lambido vagarosamente, fora pretexto e estímulo: As pernas abertas, bem em frente, eram um convite ao prazer - que já estava em ação.

O olhar de relance flagrou o toque.
As pernas se arreganharam.
Se pôs de joelho - os cabelos rabeavam no meio do glúteo.

O olhar veio fuzilante direto para o clitóris: não deixou de se tocar.
Calma e deliciosamente, se deslocou, ainda de joelhos e mãos na areia.

Ao se aproximar, sedutora e seduzida, que faziam ambos os papéis, não conseguiam mais segurar o abafado gemido, que se fazia pelo simples e voraz desejo, do toque e da permissão previamente concedida.

A amarra lateral do biquíni, devidamente desfeita, revelou dedos já penetrados.

Boca que chupa, língua que lambe; garganta que geme, dente que range; pernas aqui e acolá; esfrega aqui, enfia de lá.
Duas tesouras humanas com reboladas e ginga, pingando de salivas e prazeres e calores.
Deleite, delícia, regalo, regozijo. Gemer, gritar; calar e urrar. Melar.
Gozar. [Jade Rosa] - 18/05/21 *Imagem: "Duas mulheres correndo na praia", de Pablo Picasso - 1922.

Comentários

Mais lido no momento:

Prazer e saudade

O palco do prazer

E pluribus unum¹

Masmorra com porr@

Música com prazer em poesia

Fetiches com limites do sentimento

Cabeça latejante que não pensa

No canto da boca, no meio das pernas.

O sabor do mel.