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O que olhos veem, a boca sente

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A língua passada nos lábios no dia de sol escaldante, acendeu o membro corpulento. Boca grossa. Rosto delicado Minúsculas gotículas de suor sendo lambidas vagarosamente. Olhar terno e sorriso de canto. Fitou as mãos dele, se tocando entre as pernas. O carinho disfarçado a fez latejar, piscar, e molhar outro orifício. O local, ermo, a permitiu tocar-se. Carinho explícito. O dedo ia e vinha, enfiando-se no meio das coxas meladas por uma mistura de suor e lubrificante corporal. Língua passada nos lábios. Ajoelha-se. Boca escancarada. A mão já invadira a calça. O membro exposto e duro, acompanhado do auto carícia. Passos ritmados levam-no direto para dentro. Quente e úmido. Saliva branca, escorrendo pelas entranhas laterais. O socar no fundo da garganta. O olhar pervertido, acompanhado de tentativa de sorriso. A ânsia do toque no fundo da garganta. Na cabeça, o tremor da voz gemida em som de ah... ah… Arcada, ajoelhada, submissa feito boneca. Língua que brinca feito menina. Cabelos enrola...

Iniciação ao torturante prazer

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  ...e de repente o carinho esperado virara tortura. Toda palavra dita pelo lábio quente daquela mente intelectual, virara dor. A poesia recitada pela língua brincalhona - agora entre dentes esfomeados por cravar-lhe a pele. Os dedos que acariciaram transformaram-se, subitamente,  em máquina de asfixia. O olhar carinhoso que a observara pela manhã, agora lhe dava medo e vontade de fugir. Iria, não estivesse amarrada na cama, braços e pernas escancarados sob a fina saia de cetim branco, que não combinava com a peça da parte superior:  branca, de algodão qualquer, deixando os bicos dos seios rígidos totalmente expostos. Ou talvez não fugisse.. Uma brincadeira - com bom tom de verdade - iniciara-se 3 horas atrás, quando optou por deitar-se e se permitir atar, depois de uma tarde de prazerosa conversa e mergulhos em olhares fulminantes. Luzes coloridas refletiam naquele corpo que suava toda a ansiedade e receio. Porta que abre, luz que se apaga. Passos firmes rangiam no chão ...

Geminianidade demente

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Quisera a dor ser eterna. Não lutar, desistir. Ceifar. Generalizado e eterno lamentar. - As plantas que morram, também. Ato imediato impensado, imaturo, imoral. Quase foi-se. Pobre ser. - Achas mesmo no direito de fazer sofrer? Infeliz ato, pudera perceber: Não o era um. Era mais. Duas almas ocupavam o corpo - corpo este que sentira deploráveis e quentes palmadas. Terror. Dá-se conta de que, ali mesmo, havia mais: Iguais, diferentes formatos, sensuais sabores. Temperatura congelantemente fervente. Topara - Naquela noite qualquer, extremamente marcante - fiel escudeira. A gêmea - ora uni, ora bivitelina . Mutações. Reações. Paixões. Emoções. Quatro espíritos em dois corpos. Quatro mentes desvairadas. Obcecadas por superação e derrota. Diferença contrastante. Divergência desgastante. Dois pares de almas penadas peladas, prostradas em amarguradas estradas. Meia dúzia - menos dois - de inconclusas deusas, sujas. Difusa intrusa. Reclusa, abusa. Dupla gostosa, majestosa, afrontosa, fogosa...

Inebriante e crua carne

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Jantar em n oite fria, brisa cortante que tocava lábios rosados, babados e brilhantes. Coxas grossas roçando a carne, deixando-a com prazer, fazendo o apertado orifício escorrer. Líquido cremoso, doce. Desejo de muitos. Sente falta. Quer algo. Dentro. Daqueles duros, fortes, intensos. O último: veias e rigidez; Deixara como marca o grosso creme - branco, espesso, melado. Muito, do jeito que mais gostava. Sempre muito. Quanto mais, melhor. Tudo. Não perdera nenhuma gota. Sem calcinha, a saia permitia o contato: Degustava do vaivém da pele tocando a beiçola ao caminhar, a passos lentos, para sentir cada movimento: Sinônimo de tentação. Como cadela, farejava o bálsamo de cada um dos membros de transeuntes que cruzavam seu caminho. "Cruzava". Era tomada por tesão ao pensar nessa palavra. Lembrava-se da sensação daquelas veias introduzindo-lhe. Tumulto. Esfrega. No meio. Quer. Dar? Comer? Fome insaciável. Treme. Pulsa. Arrepia todos os pelos. A carne suspensa, rosa, pequena e del...

Lasciva psiquê.

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Quando faz silêncio Ouço o ruído d o ensopado De nós dois, Quando o rijo cerne penetra na fresta em meio as pernas de grossas coxas e meladas. O silêncio come e lambuza-se de minha´lma inteira, Excita meu coração q ue bate apressado, E faz o topo do seios saltarem r aspando na camisa p ara todos verem e ssa tempestade alucinante. Quando cai a noite m inha cama se embebeda do líquido que fica na boca Quando chupa com afinco Todo meu sexo ao me deitar deixando as polpas peladas. Arrebitadas. O dia passa e caminho nas ruas Com a mente na lembrança d aquela imagem do espelho Quando de joelho s into todo o quente no fundo da garganta E bebo até a última gota. Que saudade de você.  [ Jade Rosa ] - 28/02/21 *Imagem: Na cama o beijo - Henri de Toulouse-Lautrec, 1892.

Profundos azuis.

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Os olhos dele sorriam mais do que muitos lábios que circulam por aí. E quando sorria - olhos e boca - ahhh.. todo o recinto se alumiava: rosto quadrado, beiço brilhante, depressões naturais nas bochechas, errônea e absurdamente diagnosticadas como “defeito congênito” - quem teve a petulância de considerar as ditas “covinhas” uma falha? Uma pintura. O azul se perdia em meio a mente de qualquer ser, fazendo almejar projetar-se naquele oceano, brilhante e profundo . Profundidade, essa, que tira o ar, banha toda e qualquer mulher que ali mergulha ou deseja mergulhar, faz desejar afogar-se no além mar daquele mirante. Alto mirante. E como era alto. Não bastava a beleza estonteante, era uma incógnita entender o desejo de quem vislumbrava: Mergulhar ou escalar? Uma abordagem ímpar a fez rever conceitos. Incrédula, cedeu. Era um infinito de olhar, de sorrir, tatear, degustar e sentir. No parapeito da janela, olhar voltado para além montanhas, vestido de algodão leve e fino, sentiu roçar. Tal...