O que olhos veem, a boca sente

A língua passada nos lábios no dia de sol escaldante,
acendeu o membro corpulento.
Boca grossa.
Rosto delicado
Minúsculas gotículas de suor sendo lambidas vagarosamente.
Olhar terno e sorriso de canto.
Fitou as mãos dele, se tocando entre as pernas.
O carinho disfarçado a fez latejar, piscar, e molhar outro orifício.
O local, ermo, a permitiu tocar-se.
Carinho explícito.
O dedo ia e vinha, enfiando-se no meio das coxas meladas por uma mistura de suor e lubrificante corporal.
Língua passada nos lábios.
Ajoelha-se.
Boca escancarada.
A mão já invadira a calça.
O membro exposto e duro, acompanhado do auto carícia.
Passos ritmados levam-no direto para dentro.
Quente e úmido.
Saliva branca, escorrendo pelas entranhas laterais.
O socar no fundo da garganta.
O olhar pervertido, acompanhado de tentativa de sorriso.
A ânsia do toque no fundo da garganta.
Na cabeça, o tremor da voz gemida em som de ah...
ah…
Arcada, ajoelhada, submissa feito boneca.
Língua que brinca feito menina.
Cabelos enrolados na mão, a cabeça obedece aos comandos.
Ela geme, e ela goza do momento, no mesmo instante que lhe enche a boca, deixando-a mais espumada, quente, escorrida.
Calça que se fecha.
Dedo que retorna e segue em direção aos lábios, limpando cada gota cuspida, que pinga no seio de bico duro.
Um olhar satisfeito.
E a calmaria para a volta dos afazeres da vida...
[Jade Rosa] - 21/04/21
*Imagem: Moça com brinco de pérolas, Johannes Vermeer - 1665.
Comentários
Postar um comentário
Conta pra mim o que achou do blog. :)