Masmorra com porr@
Dungeon.
Parecia pura.
Jeito de menina, cabelos pretos com cachos no rosto.
Colo e ancas avantajados, ouvira: ‘Deixa de ser insegura”.
Questiona.
Coloração rosa. Forte, tom nada pastel.
Quisera cortar o lábio, assemelhar-se à candura da juventude.
Transviada.
Ouvira que sim.
Acreditava que o que escorria tal qual mel.
Seria impressão?
Era real: Corria-lhe virilhas, e coxas, e nádegas, e penetrava no tecido vagarosamente, enquanto dedos tocavam-lhe, mais e mais. Muitos.
O firme movimento - fundo - dançando dentro do estreito orifício, arrancava-lhe gritos, fazendo-a se contorcer e rebolar com gana.
Com a própria mão, tocava o bico duro do seio exposto, berrando, gemendo com fios de saliva a escorrer-lhe na lateral da boca rosada.
Tudo mudou - já não era o movimento sutil.
Bombavam, encoxavam, rachavam, duros, fortes, prontos para espirrar.
As amarradas vieram.
Punhos e tornozelos, o tom vermelho típico do shibari mesclava-se com os braços e pernas, que esticados, mantinham arregaçados os buracos desejados.
Uma mão firmava na cintura, comendo-lhe por trás, enquanto a do que lhe penetrava pela frente a vendava.
Forte, rápido, gozava e pingava.
O leite jorrava dentro, dando apenas o tempo de sentir caminhar aos joelhos até sentir outro e mais outro.
A raba com marcas de tapas sentia agora chicotes e chibatas, com esperma espirrando, branco, fluido e quente.
Paus esfregavam-se na pele.
Paus esfregavam-se em paus.
Paus esfregavam-se em porras.
Paus.
Os múltiplos gemidos de todos eles a mantinham lambuzada, buceta molhada e latejando.
Nada comparava-se às dezenas de orgasmos que ELA teve.
Amarras soltas, pés no solo, venda ainda posta, silêncio de quem está sozinha.
E o sentimento de
S
A
T
I
S
F
A
Ç
Ã
O.
[Jade Rosa] - 02/11/2021
*Imagem: "O sepultamento de Santa Luzia - Caravaggio (Michelangelo Merisi), 1608.
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