Árvores soterradas pelo adeus.

Frieza.
O ato de demonstrar a transformação de um sentimento tão belo em apatia é algo realmente atroz.
Podem ser de várias formas, e por razões que até Alá duvida. Deus. O Universo.
Vira um verso imerso. O inverso de um verso. Um verso invertido.
A sensação de bem querer em não querer; O orgasmo excepcional em memória inesquecível; O ineditismo mais impensado em mera lembrança orgásmica. A sensação de autenticidade totalmente desfigurada; A música inesperada que não mais virá.
O querer - do inusitado em nunca mais.
Pensar na troca de olhares, fluídos, salivas e palavras - pura reminiscência.
Memorar que antes do descaso, só pelo aguardar da comutação, tudo era tão vívido, terno e colorido.
O saber que uma nova fase vem, um novo processo se inicia - malditos processos.
Obliterar. O preterir. Não mais preferir. Não ter mais o arbítrio.
Livre? Atado arbítrio.
De nada adianta eleger sem ensejo. Não mais compete ser o cuidado e o desejo.
Presente sem presença. Pretensa, quase que com ofensa. A dança louca da indiferença, que ronda as sinapses, em forma de energia que rouba luz e sons.
Ausência, sem um pingo de resiliência.
Não mais será alívio.
Um, e outro um. Sem dois. A sós.
Sem olhar sorrindo, ou brincar de amar.
Silêncio infindável, a pulsar erroneamente sob a luz do luar - que ilumina as belas árvores que a vida nos dá para admirar - fugaz.
[Jade Rosa] - 17/10/20
*Imagem "A árvore cinzenta", Piet Mondrian - 1911.
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