Sonata da dor

No momento em que se apagou no ar, virou nada.
Luz
que alumiava vida, agora é penumbra a caminho da escuridão.
Não
ouviste recentemente que palavras fora de ordem – aquelas, quando
ditas sem pensar - podem levar à interpretações equivocadas?
Pois
agora teve fim às incertezas que enfrentava.
Viu,
de fato, tua planta ser esquecida, bem como teu cheiro.
Pensaste
mesmo ser genuíno.
Moça
tola.
Foste
nada.
Não
passaste de uma brincadeira, um conforto, um consolo.
Não
deve, então, te parecer tão forte.
Permita-te
este luto de um óbito sentimental e sensorial.
Assinta
que tua mente balança. Deixa-te escorrer água no rosto.
Pensa.
Sinta.
Doa.
Afinal,
após grande penitência, estiveste tão alegre, bela mulher.
Levanta,
então, teu olhar atento, e começa a contemplar a vasta vida que lhe
resta.
Esquece-te
da figura divinal e sente a bem aventurança que tens pela frente.
Segue
tua leitura.
Bebe
de teu whisky.
E que seja teu, e só teu.
E
planta uma árvore, para admirar quando teus anos passarem, e lembrar que o choro pode vir a ser canto.
[Jade Rosa] - 30/04/2020
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