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(In)Sensatez

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Um olhar profundo. Lá no fundo e do fundo. Um sorriso de canto. Uma aproximação. Calor. Uma posição arqueada. Uma fotografia tirada. A atenção, o interesse: sede de conhecimento intercalada com intensa admiração. Atração. Gratidão. Um café que nunca existiu. Convite, jazz, talvez, acho que não. Melhor não. Convite, jazz, talvez, acho que não. Melhor não. Convite, jazz, talvez, acho que não. Melhor não. 15 anos. Um fim – um começo. Convite, jazz, talvez, acho que... Por que não? Uma fotografia revelada. Um café – Vários cafés, diferentes filtros. Era pra ser só jazz. Se tornaria uma mistura de ritmos, batidas, estilos e diferentes velocidades. Era pra ser só jazz. Se tornaria uma mistura de toques, cheiros, sensações, prazeres e leviandades. Era pra ser só jazz – o que a fez se perder do seu rock n´roll... [ Jade Rosa ] 29/03/2020

La vie (est - elle belle?)

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Em tão pouco tempo, o horizonte mudou suas cores. Se antes o pôr do sol acalmava a alma, agora a inefável sensação de temor toma conta dela – a alma. O caminho é trilhado sem saber onde vai dar. Sem saber onde vamos chegar. Ou se vamos chegar. Quando há caminho. E quando há a permissão para circular. Engasgamos na emoção. Expressões de afeto acompanhadas de reações breves do organismo, em resposta a um acontecimento. A este acontecimento. Aqui, o segurar o choro. Ou o chorar por dentro. O nó na garganta. O chorar. Produzimos a sensação. Causada por um estímulo pontual, um caso ou um acaso. Neste caso, 'O caso'. Prontamente temos a sensação avassaladora da detenção, da restrição; o medo do caos. Nos corrói o sentimento. As emoções – de novo ela – conscientes. Portanto, sentimento: a conscientização da emoção. Mesmo? Nestes tempos a razão? Há razão? O compreender. Compreender? Entende-se apenas que a qualquer momento o tempo de quem se ama pod...

Cidade luz e aroma

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Os aromas são engraçados. Nos remetem ao passado, à situações das quais a gente viveu há tanto tempo, mas nos marcam como dificilmente alguma outra sensação vá marcar. Das coisas que eu mais gosto quando caminho pela cidade, são as fragrâncias. São características quase inatas dos locais. Quando criança, caminhava com minha mãe – Ah, a época do Natal... “Para olhar as luzes”, ela dizia – quando ainda éramos a “Cidade Luz”.  E aqueles cheiros e sentimentos que tinha ainda menina, hoje, me fazem voltar quase que diariamente ao passado. Eu sei que a palavra “experiência” anda um tanto quanto blasé, mas aquilo sim era, de fato, uma experiência. Aqueles odores nunca mudaram: O Mercado Municipal, com sua carga de cheiros e sensações era - e continua sendo – incrível. Num primeiro momento as frutas, legumes e verduras, tão frescas que parece que você as está degustando naquele momento. Os aromas das ervas, temperos, óleos e castanhas... Até as lojas com produtos chineses tem ...